A empresa canadense especializada em material esportivo pra rúgbi, chegou esse ano ao Brasil, sendo o maior patrocinador do Galo (R$20mi por ano). Então, o Galo detém o quarto maior patrocínio de fornecedor de material do Brasil, atrás de Corinthians, Flamengo e São Paulo. Empolgante, não é? Demais!
Eis que chega a semana de lançamento do uniforme: sempre aquela ansiedade e curiosidade, afinal, patrocínio novo, uniforme novo além de ser semana de estreia na Libertadores, precedida pela reinauguração da fachada da sede do time. Definitivamente, não há coração que aguente. Ainda por cima, o clube lançou uma promoção limitadíssima para os sócios Galo Na Veia Prata, na qual os sócios poderiam por apenas 500 pontos resgatar um convite para a estreia do novo uniforme, com direito a um acompanhante. Obviamente a promoção limitadíssima esgotou antes que eu pudesse abrir o e-mail depois do carnaval.
Então chegamos ao grande dia, evento certamente lotado do mais diversificado público, afinal, mulheres, crianças e inclusive idosos (Vide: Vovó do Galo <3) vem marcando presença de uma maneira linda na torcida em geral, nas organizadas e nos jogos. Inclusive, dos maiores palpiteiros-corneteiros-blogueiros atleticanos do twitter, são mulheres. Poderiam ter observado o público alvo real (ALÔ RICA PERRONE), observado a evolução da sociedade ou ter tido um pouquinho só de senso de ridículo, pra ser mais claro, mas não. A Dry World resolveu reforçar os esteriótipos presentes há tantos anos, colocando as modelos para apresentar O NOVO UNIFORME DO TIME de CAMISA DO TIME E CALCINHA, bem como uma modelo que aparenta ser menor de idade, com os mesmos trajes e de mãos dadas com DUAS CRIANÇAS.
15 de fevereiro de 2016 e ainda fingem não perceber. Mulher não é objeto feito pra agradar a olhar alheio. Mulher não vai em estádio pra aparecer pra homem. Mulher não vai em estádio unicamente pra agradar homem. Mulher gosta, entende e aprecia futebol, vai em estádio pra torcer loucamente, acompanha contratação e notícia do time e, principalmente: mulher gosta e compra uniforme do seu time amado! Ate quando essa exposição e objetificação vai ser tao real, presente e ignorada dessa forma? Ate quando seremos tratadas simplesmente como meras figurantes num meio em que tanto amamos? Esse espaço também é nosso!
Galo, minha maior paixão, meu time amado, como o verdadeiro time do povo, esperávamos no mínimo um pouco mais de respeito conosco, torcedoras, que tanto te amamos, acompanhamos e te carregamos nas costas, no peito e na alma. Expor as mulheres em um desfile de apresentação de camisa de time não foi uma atitude de time do povo. Foi uma atitude desnecessária, de time machista que para no tempo e acha que os torcedores são maioria esmagadora e que se tem que agradá-los o tempo todo.
Torcedores atleticanos do twitter, facebook, whatsapp ou qualquer outro espaço em que estejamos comentando sobre o assunto: a comparação do desfile citado com um desfile de coleção de moda praia, é completamente desonesta e burra. O que se pretende promover com modelos vestidos de sunga e biquinis? O que se pretende promover com modelos masculinos de uniforme completo do time e modelos femininas, no mesmo desfile, semi-nuas? Não é tao difícil tirar a viseira que te impede de enxergar um pouco além, caro torcedor.
Dry World, apenas decepção. O uniforme está de fato lindo, me empolguei e já quero todos. Mas qual a necessidade do desfile apelativo? Qual a necessidade da nudez a feminina acima de tudo? Se não preocupa com isso, porque não pensar um pouco no lucro que a empresa teria caso fosse diferentona, inovadora investindo em uma quantidade maior de uniformes COMPLETOS femininos? É muita burrice chegar a um país em que o futebol é tao presente em cada ramo da sociedade que se possa imaginar e simplesmente ignorar completamente um publico tao presente, importante e que vem ganhando cada vez mais espaço no meio.
E torcedoras tanto atleticanas como de outros times: deixemos a rivalidade e o clubismo de lado e vamos sempre nos unir em torno de acontecimentos como esse. Somos MUITO mais do que simplesmente um corpo. Somos alma, essência e paixão pelo time. Somos o grito de gol explosivo, as lagrimas de emoção, os palavrões e os xingamentos ao juiz (e não à sua mãe). Reclamemos, batamos o pé, façamos um auê. Estamos aqui porque amamos futebol e queremos ter nosso espaço e nossa dignidade devidamente respeitados e vamos conquistar e demonstrar isso nem que for na marra. Chega de engolir seco e abaixar a cabeça! o futebol é nosso também!
Libra é o sétimo signo do zodíaco e é nele que se fecha a pequena roda dos planetas pessoais, terminando em Vênus. Libra também se situa no meio de dois signos muito rígidos, Virgem e Escorpião - e é essa exata posição que explica a dicotomia tão interessante que esse signo pode desempenhar. De um lado temos um signo que pode ser a representação pura do perfeccionismo e da rigidez e do outro temos um cuja intensidade assusta só de pensar no tipo de direção que essa intensidade toda pode tomar. E no meio disso tudo temos librianos assustados com essa confusão toda tentando conciliar tudo. (♥)
Aliás, é extremamente difícil desassociar Libra dos ideais platônicos. Bom, Belo e Justo são praticamente valores que regem esse signo. Harmonia e justiça são temas muito frequentes e grandes motivadores de ações. Apesar de ser um signo muito sociável e que leva em consideração os interesses alheios - principalmente por ser regido por Vênus e ser um signo de ar - Libra não é um signo de revoluções sociais. Libra é quase sempre a ideia de que nenhuma causa precisa ser violenta para ser ganha. Libra é a personificação de Imagine, de John Lennon (nenhuma surpresa aqui que ele era libriano também). No mundo ideal todos os interesses seriam conciliados e não haveria conflitos. Apesar dessa tendência natural poder ser extremamente benéfica ela também aponta para extremos desagradáveis desse espectro libriano. É a razão por Marte em Libra ser considerado detrimento. Ser indeciso, evasivo ou fútil não são características de nenhum signo astrológico, são tendências de uma personalidade. Libra é um signo de ponderamento e conciliação e a posição de ser juiz e não o mediador pode ser de fato desconfortável. Assim como a noção de que existem problemas de grande complexidade onde nós teremos que "sujar" nossas mãos ou nossa imagem se quisermos resolvê-los - e é uma responsabilidade pessoal não se deixar levar por essas más tendências. O mundo nem sempre é bom, nem belo e muito menos justo.
O ideal que tanto desejam viver pode vir dos mais diversos lugares se souberem deixar de lado as obrigações sociais desnecessárias. Amor, beleza e bondade são manifestações, gestos. E ninguém sabe disso melhor do que você: não há ninguém melhor em toda essa roda zodiacal do que Librianos para transpor em uma vida (e afetar outras vidas) qualquer ideal pelo qual desejem viver.
Existem tantos paradigmas a serem quebrados a respeito da imagem tradicional que temos desse signo que ao final desse post repensaremos não só sobre Virgem, mas como tantos detalhes passam despercebidos aos nossos olhos e fazem dos signos o que são. Aliás, como falar em Virgem e não falar em detalhes? Começando pelo tão esquecido real significado de seu símbolo com o signo, Virgem é representado pela.... Virgem, claro. A Virgem em sua representação mais pura. Desassociada da imagem de timidez e ingenuidade (ainda que tenda a apresentar tal comportamento), Virgem não tem nada a ver com sexualidade e celibato. Virgem tem a ver com essencialmente manter a pureza de uma identidade. Enfim, integridade.
E é justamente mais um detalhe óbvio que às vezes passa despercebido: seu grande potencial de cura. É claro que ordem, manutenção e trabalho é um dos focos de sua casa regente (Casa 6) e esses temas já são mais que óbvios. É a transformação através da cura que passa batido, a necessidade em ser útil em meio a algo que você entenda e onde existe ordem. Quando penso em Virgem penso em Nina, a bailarina de Cisne Negro. Penso nos seus passos perfeitamente cronometrados, alinhados, sua busca por perfeição e às vezes, como quase chegou a não desempenhar nem um papel nem outro. Nina não foi por natureza nem o Cisne Branco nem o Cisne Negro. Todo o papel foi ensaiado e nem mesmo sua natureza extremamente doce era tudo que podia ser. Viveu presa a desempenhar papeis que não conseguia se identificar inteiramente por não deixar fluir sua natureza e entender que suas duas partes, luz e sombra, podiam coexistir. Claro que essa transformação chegou a acontecer (muito tragicamente) mas não precisa ser assim. Não precisamos estar presos a uma necessidade de ordem e sentido. Também não precisamos chegar ao clímax da nossa tolerância para entendermos que precisamos passar por todos os estágios de uma transformação. Somos perfeitos como somos simplesmente por fazermos parte do universo. Estamos aqui por uma série de acontecimentos que não entendemos e que talvez nunca iremos entender. Talvez haja ordem ou talvez tenhamos sido fruto de puro caos. Assim como os sentimentos bastante coisa não pode ser resolvida ou obedecer a uma ordem lógica. Tudo ao redor de nós flui e é quando nos permitimos viver em nosso próprio movimento que encontramos nosso lugar de direito.“When I first met her I knew in a moment I would have to spend the next few days re-arranging my mind so there'd be room for her to stay.”Enquanto Virgem se comporta muito bem, obrigado, em casas e planetas introvertidos, é justamente nos que não são que vemos sua eficiência se tornar um pouco conflituosa. Conflituoso não quer dizer de modo algum ruim, quer dizer que não corresponde exatamente à natureza daquele planeta. E o que é um Virginiano com a noção de que não pode corresponder a uma expectativa? Pois é.. Complicado. É justamente por ser tão analítico e tão perfeccionista que planetas como Lua e Vênus se sentem tão afetados por esse signo (apesar de claro, seus muito benefícios). Até certo ponto é fácil corresponder nossas próprias expectativas pois podemos nos conhecer bem e dentro do possível, saber o que podemos esperar de nós. É quando saímos dessa zona de conforto e entramos num meio onde esse mesmo conforto depende tanto dos outros que nos sentimos mal. É natural. Mas pode ser ainda mais penoso se quando realizamos essa travessia trazemos consigo a responsabilidade de estar sempre mantendo uma perfeição inatingível por dependermos de seres tão imperfeitos e tão mutáveis, cujas expectativas mudam num piscar de olhos. É loucura. Não é coincidência que Vênus em Virgem possui uma forte tendência a reavaliar constantemente se um relacionamento vale a pena ou não ou demorar tanto a assumir um. Sentimentos podem ser "feios", imperfeitos e às vezes muito pouco racionais. Sentimentos demandam sentimentos - realmente nunca iremos curar sua natureza com outra natureza.
Um filhote de leão, raio da manhãArrastando o meu olhar como um ímãO meu coração é o sol, pai de toda corQuando ele lhe doura a pele ao léu
Há mesmo um ar majestoso circundando esse signo. Apesar de facilmente associável a vaidade, a qualidade é puramente nobre e digna. Leoninos sentem que são importantes porque são importantes. Mas essa importância não está atrelada ao ego e sim a um desejo inconsciente de querer mudar o mundo de alguma forma para tornar o mundo um lugar melhor. Eles são geralmente motivados por amor (a alguém ou algo que acreditem) e podem traduzir sua criatividade na forma mais nobre construindo e realizando grandes planos e sonhos. É claro que tanto idealismo nem sempre acontece da melhor maneira e é na nossa Vênus que vemos nosso melhor lado (e nosso lado não tão bom assim). Na melhor das hipóteses temos alguém que nos fará viver a vida para além do que ela é e criará para nós uma atmosfera cinematográfica. E na pior das hipóteses... Na pior das hipóteses temos Jay Gatsby. Ilustrado perfeitamente no seguinte parágrafo:
"Devia ter havido momentos, mesmo naquela tarde, em que Daisy ficara muito aquém de seus sonhos — não por culpa dela, mas devido à enorme vitalidade da ilusão que ele alimentara. Sua ilusão tinha-se projetado além dela, além de tudo. Ela lançara-se ao seu sonho com uma paixão criadora, acrescentando-lhe incessantemente alguma coisa, enfeitando-o com todas as vigorosas plumagens com que deparava. Quantidade alguma de ardor ou de entusiasmo pode competir com aquilo que um homem pode armazenar em seu fantasmagórico coração."
....Alguém que pode ir até os confins do mundo pra realizar um ideal mas falhar em ver que pessoas são muito complexas para integrar o projeto de um sonho. E numa última lição, entender que as pessoas tem o direito de não desejarem compartilhar aquele ideal sem que isso afete o ego - e entrar numa ego trip. Por serem justamente regidos pelo Sol estão muito mais propensos a isso que Arianos, por exemplo, mas por motivações diferentes. É importante lembrar que nada superficial que alimente o ego nos fará maior e sim reduzirá todo o nosso potencial de crescer. Ninguém quer ser o rei de um castelo de cartas e é certo que nossa estrutura está fadada a ruir se construída sob um frágil alicerce.
É preciso cultivar uma enorme quantidade - sadia - de amor próprio para não ser consumido pela necessidade de procurar amor fora de nós e, principalmente, destruir qualquer imagem falsa que construímos de nós mesmos na intenção de nos amar. É assim que entra nosso oposto complementar e sombra nesse mundo - trazendo sua luz aquariana - e mostra que o ego sufoca, que viver ensimesmado é claustrofóbico. O amor fraternal transforma e é através do altruísmo e não somente do ego que sustentamos no topo da nossa alma o que pode ser um dos mais humildes e generosos dos seres.
Passei a vida inteira acreditando que para ser feliz eu dependia da presença e apoio de outras pessoas, que sem o suporte delas eu não iria a lugar algum e sem a sua companhia eu não poderia ser ninguém. Acreditei que a minha existência, e, além disso, a minha felicidade, dependiam de outras pessoas.
Só que depois de muito tempo vivendo em função delas, percebi que ao me olhar no espelho eu não me reconhecia, que através dessa dependência eu havia anulado a minha personalidade. Tudo isso pode ser explicado pela minha Vênus em Peixes, ou, encarando os fatos, pela necessidade que tenho em agradar a todos do meu convívio. Não sei de onde nasceu essa necessidade, assim como não sei quando exatamente comecei a procurar dentro de mim respostas as quais eu não encontraria se não me deixasse encarar a realidade sozinha.
A solidão sempre foi algo que me assustou mais do que qualquer coisa e continua sendo um dos maiores desafios na tentativa de autoconhecimento que venho vivendo. Porém, existem fases da vida em que necessitamos da solidão, ela não deveria ser encarada como algo tão terrível, ser sozinho nem sempre é sinônimo de infelicidade. Muitas vezes ela vem pra boas coisas, pra novas vivências, novas interpretações que não podem ser adiadas mais uma vez.
Não posso mentir, ficar sozinha ainda me assusta, as vezes o sentido das coisas parece sumir e me perco, sem ter a quem perguntar a direção correta. Mas ao me encontrar, sinto que sou o suficiente e, sentir-se suficiente a si próprio é incrível, empoderador e libertador.
Libertar-se é doloroso, e conhecer-se, muitas vezes, sufocante. Não podemos fugir de nós mesmos como fugimos de qualquer outro incômodo, mas no final tudo se acerta, dia após dia, com infelicidades e felicidades, do jeitinho que a vida nos proporciona seja qual for o assunto.
As infelicidades são perturbadoras e as felicidades têm um brilho inimaginável, mas também existem os momentos de vazio, isolar-se traz consigo buracos irreparáveis, e não adianta tentar tapar de qualquer jeito, não funciona, já lhe adianto!
É difícil falar sobre essas coisas, acredite ou não, esse texto está no rascunho há semanas, parecem não existir palavras, parece que tá tudo errado, nada parece o suficiente, assim como todos os dias em que venho pensando e encarando a realidade. Mas no final, vale a pena. No final você publica o texto, ou encontra a realidade, ou pelo menos tenta, a tentativa fortalece, revigora, te faz levantar da cama, mesmo que em algum momento você vá voltar a deitar.
Não existe um final que caiba tão bem a todos esses sentimentos confusos, como um final sem moral da história, eu ainda não encontrei.